A analítica queer e seu rompimento com a concepção binária de gênero

  • Souza E
  • Carrieri A
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Abstract

A analítica queer comumente relacionada a estudos de gênero é uma abordagem conceitual recente. Este artigo objetiva principalmente trazer à tona essa perspectiva pouco explorada na análise crítica do campo organizacional. Os principais conceitos e princípios relacionados às ideias contidas no pensamento queer são apresentados, e discutem-se as principais diferenças entre a analítica queer e os estudos modernistas de gênero. A analítica queer está fundamentada em Foucault que defende uma visão pós-identitária e fragmentada em relação ao pensamento identitário/binário hegemônico sobre a sexualidade e os estudos de gênero. Tal visão é fundamental para o fomento de resistência e desenvolvimento de práticas organizacionais locais e empíricas que possam promover uma atuação e intervenção diante das práticas opressivas direcionadas não só à sexualidade, mas também a outras formas de opressão no local de trabalho. Conclui-se que a emancipação das práticas hegemônicas de poder contemporâneas reside na visão pós-identitária e não binária de mundo como possibilidade de contribuição para a construção de uma nova realidade social nas organizações, realidade esta que possa combater os dispositivos de biopoder relacionados não somente à sexualidade, mas também aos demais dispositivos de poder.The Analytical Queer commonly related to gender studies is a recent conceptual approach. Thus, this article aims primarily to bring out this little explored perspective on the critical analysis of the organizational field. The main concepts and principles related to the ideas contained in queer thought are presented, and the main differences between the analytical queer studies and modernist studies about gender are discussed. The Analytical Queer is based on Foucault concepts about post-identity and fragmentation that substitutes the hegemonic thinking of identity/binary in sexuality and gender studies, this post-identity vision is essential for the development of resistance and development of organizational local practices and may promote an action and intervention in the face of oppressive practices directed not only sexuality but also to other forms of oppression in the workplace. We conclude that the emancipation of the hegemonic practice of contemporary power lies in the post-identity and non-binary world as a possible contribution to the construction of a new social reality in organizations, a reality which can combat the bio-power related devices not only about sexuality, but also to other power devices.

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Souza, E. M. de, & Carrieri, A. de P. (2010). A analítica queer e seu rompimento com a concepção binária de gênero. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 11(3), 46–70. https://doi.org/10.1590/s1678-69712010000300005

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