Dentre os fenômenos naturais, os relâmpagos ocupam um lugar especial, pois são responsáveis por crenças metafísicas e por um amplo conjunto de conseqüências que afetam o homem, suas atividades e a natureza. Com o uso de dados dos sensores lightning Imaging Sensor – LIS e Optical Transient Detector – OTD, foram elaboramos uma série de trabalhos. O processamento dos dados foi feito utilizando aplicativos específicos e cálculos estatísticos. Uma abordagem dos instrumentos instalados no Observatório Espacial do Sul, detector de relâmpagos, de campo elétrico e de raios cósmicos, mostra seus princípios de funcionamento e soluções. Caracterizando os estudos de eletricidade atmosférica na região Central do Rio Grande do Sul. As características dos relâmpagos em função de parâmetros geográficos são avaliadas. Não encontramos uma relação entre o número de relâmpagos e o aumento da altitude. Verificamos uma concordância entre as temperaturas e a densidade de relâmpagos. O mesmo não foi evidenciado em relação à precipitação. A variação na densidade de descargas atmosféricas considerando o tipo de superfície em que ocorrem foi estudada para o litoral do Rio Grande do Sul. O resultado mostra uma variação, sendo que sob o continente as densidades de relâmpagos são maiores do que na área de transição e oceânica. Em termos sazonais existe uma proporcionalidade. Usando dados de relâmpagos verificamos que é possível monitorar e prever eventos atmosféricos em deferentes escalas. A formação de Fulguritos no Rio Grande do Sul é abordada. O resultado mostra que os locais mais propícios para a formação e localização dos Fulguritos são o Oeste do Estado e o Litoral. Num estudo sobre o vendaval de 11 de setembro de 2002, utilizamos os dados do Climatic Diagnostics Center – CDC, e verificamos que as condições atmosféricas reinantes sobre o Rio Grande do Sul eram favoráveis a ocorrência do fenômeno. Entretanto destacamos as dificuldades de avaliar este vendaval associadas a escala espacial e temporal dos dados. A radiância, tempo e numero de eventos de relâmpagos são estudados para Região Sul do Brasil utilizando dados do sensor LIS. Em relação à Rede de Detecção de Raios do Sul do Brasil, que por meio do projeto Sistema de Informações Integrado Baseado no Sistema de Detecção de Descargas Atmosféricas – SIDDEM, vem sendo implementada e passará detectar os relâmpagos que ocorrem na Região Sul do Brasil com um alto grau de eficiência, estimado em mais de 90%, passará a operar ainda no primeiro semestre de 2005. Com o registro dos primeiros dados, espera-se que no final do segundo semestre corrente, possamos elaborar os primeiros mapas sobre a distribuição dos relâmpagos no Sul do Brasil, baseados em dados de uma rede de sensores de superfície de alta eficiência de detecção. Neste sentido acreditamos que o trabalho realizado tenha atingido seus objetivos, e que novos trabalhos possam ser realizados, considerando o leque de dados que passarão a ser gerados pela Rede de Detecção de Raios do Sul do Brasil. 4
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Breunig, F. M. (2005). Sistema de Detecção de Raios do Sul do Brasil. Santa Maria, RS, Brasil: INPE-12991-PRE/8268. Retrieved from http://urlib.net/sid.inpe.br/iris@1916/2005/09.30.12.09
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