Diversas pesquisas foram desenvolvidas sobre as implicações da separação entre controle e propriedade das firmas que, em sua maior parte, estiveram associadas aos efeitos dos níveis de con- centração da propriedade e da presença de acionistas insiders. Mais recentemente, as pesquisas foram direcionadas para a identificação do impacto da presença de investidores institucionais no desem- penho das firmas. A discussão sobre a governança das empresas emerge de uma preocupação dos investidores em geral quanto à gestão dos ativos das firmas e, conseqüentemente, quanto às pers- pectivas de retorno de seus investimentos. Como as pesquisas no Brasil têm-se concentrado em verificar características das empresas que contam com investidores institucionais em seu quadro socie- tário, neste trabalho procurou-se ampliar o escopo e identificar, por meio da utilização da metodologia proposta por Markowitz (1952), se a presença de outros segmentos exercendo controle sobre as companhias abertas promove impacto detectável nas condições de retorno e risco de suas ações. Os resultados do estudo apontam para uma predominância dos portfolios constituídos por empresas cujo controle é exercido por grupos familiares quando comparados a portfolios de empresas controladas por investidores institucionais, governos ou sem uma estrutura de controle bem definida.
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Coutinho, E. S., Amaral, H. F., & Bertucci, L. A. (2006). O impacto da estrutura de propriedade no valor de mercado de empresas brasileiras. Revista de Administração Da USP, 41(2), 197–207.
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