Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocástico

  • Farinatti P
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Abstract

As teorias biológicas do envelhecimento examinam o assunto sob a ótica da degeneração da função e estrutura dos sistemas orgânicos e células. De forma geral, podem ser classificadas em duas categorias: as de natureza genético-desenvolvimentistae as de natureza estocástica. As primeiras entendem o envelhecimento no contexto de um continuum controlado geneticamente, enquanto as últimas trabalham com a hipótese de que o processo dependeria, principalmente, do acúmulo de agressões ambientais. Por outro lado, são freqüentes as alusões ao exercício físico como estratégia de intervenção que poderia ter influências positivas no processo de envelhecimento, retardando algumas das disfunções comuns na idade avançada. O presente estudo apresenta os princípios gerais de algumas das correntes teóricas mais aceitas, quais sejam: a) teorias com base genética; b) teorias com base em danos de origem química; c) teorias com base no desequilíbrio gradual; d) teorias com base em restrição calórica. São feitas considerações sobre seus pontos consensuais e duvidosos e, quando possível, analisando a possibilidade de o exercício influenciar em seu desenvolvimento. Conclui-se que as teorias afeitas a ambas as abordagens carecem de comprovação definitiva, existindo dúvidas sobre sua influência e as formas pelas quais interagiriam. Igualmente, considerando a natureza dos processos descritos nas diferentes propostas teóricas, o papel do exercício como estratégia de prevenção do envelhecimento parece, no mínimo, incerto.The biological theories of aging analyze the degeneration process of the structure and function of cells and organic systems. They can be generally classified into two categories: genetic-developmental and stochastic theories. The first group understands the aging process as a genetic determined continuum, while the latter focuses the effects of environmental continuous aggression. On the other hand, physical activity is frequently mentioned as a strategy for preventing the effects of aging. This study presents the general principles of the following propositions: a) genetic theories; b) chemical damage theories; c) gradual unbalance theories; d) caloric restriction theories. The possible influence of physical exercise on the aging process is discussed as well. The author conclude that theories of both approaches lack definitive proof. There are few evidences of their actual influence and their interaction on the cellular and systemic aging process. In addition, considering the nature of the theoretical propositions, the role of regular physical activity as a strategy of aging prevention seems to be, at least, questionable.

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Farinatti, P. de T. V. (2002). Teorias biológicas do envelhecimento: do genético ao estocástico. Revista Brasileira de Medicina Do Esporte, 8(4), 129–138. https://doi.org/10.1590/s1517-86922002000400001

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