O presente artigo faz uma análise sobre o fenômeno da fome enquanto traço socioeconômico na formação e imaginário do território do semiárido, e inserida no rol dos fatos que atentam contra os direitos humanos e fundamentais. Para a análise recorre-se a literatura didática, ficcional, e informações obtidas junto à Organização das Nações Unidas no tocante à alimentação e agricultura. Este recurso metodológico permitiu compreender como a fome e as condições de sua reprodução social se expressam diferentemente em territórios como Estados Unidos e África; e como a ausência de políticas públicas no semiárido brasileiro de combate à seca tornam-se fatores decisivos para sua reprodução territorial. Também delineamos aspectos ligados ao mercado e à construção do fenômeno em diversas bases, mostrando como a fome padeceu o semiárido e como continua padecendo em vários aspectos a região, apesar de já menos conflituosa com a abrangência da seca e, em decorrência disso, com a própria fome.
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Silva, Â. M., & De Oliveira, J. V. (2019). A fome na narrativa do semiárido das secas e o direito ao desenvolvimento. Redes, 24(2), 143–161. https://doi.org/10.17058/redes.v24i2.13002
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