O uso de telas por crianças e adolescentes tem se tornado cada vez mais comum e acessível. O fato despertou a atenção da comunidade científica e a preocupação de pais, professores e profissionais em relação aos possíveis efeitos neuropsicológicos e comportamentais. O presente artigo tem por objetivo apresentar e discutir as possíveis implicações neuropsicológicas do uso de telas na infância e na adolescência, a partir do método de revisão bibliográfica narrativa. O estudo evidenciou que a utilização de telas no contexto familiar ocorre de forma crescente e impacta na socialização, na interação e no convívio diário entre pais e filhos, reduzindo estes de forma significativa. Além disso, o cérebro em desenvolvimento sofre impactos a partir de toda e qualquer experiência vivida, inclusive a partir do uso de telas. Os estudos encontrados demonstram impactos em funções neuropsicológicas como: atenção, memória, linguagem, funções executivas, e prejuízos em aspectos sociais, emocionais e comportamentais. Ademais, a utilização desmedida de eletrônicos a partir de telas pode levar a dependência dos mesmos. Novos estudos são necessários para o esclarecimento do impacto real na estruturação do cérebro em formação. Em termos de funções neuropsicológicas, são necessários estudos que esclareçam os efeitos a longo prazo.
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Peixoto, M. J. R., Cassel, P. A., & Bredemeier, J. (2020). Implicações neuropsicológicas e comportamentais na infância e adolescência a partir do uso de telas. Research, Society and Development, 9(9), e772997188. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7188
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