Hipertensos com e sem doença renal: avaliação de fatores de risco

  • Pinho N
  • Oliveira R
  • Pierin A
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RESUMO Objetivo Comparar pacientes hipertensos com e sem doença renal e identificar fatores associados à condição clínica e tratamento anti-hipertensivo. Método Estudo transversal realizado com pacientes admitidos em clínica médica de um hospital universitário da cidade de São Paulo. Os dados foram coletados por meio de análise do prontuário. Valores de p<0,05 foram considerados significantes. Resultados Dos 386 pacientes avaliados, 59,3% eram hipertensos e destes 37,5% tinham doença renal crônica. Houve associação independente da presença de doença renal crônica para antecedentes de diabetes (OR 1,86; IC 1,02-3,41) e de insuficiência cardíaca congestiva (OR 3,42; IC 1,36-9,03); além do fato de viver com companheiro (OR 1,99; IC 1,09-3,69). Quanto ao tratamento anti-hipertensivo, houve diferença (p<0,05) entre os hipertensos com e sem doença renal em relação a fazer acompanhamento de saúde (93,2%vs 77,7%); uso contínuo de medicamentos anti-hipertensivos, (79,1% vs 66,4%); maior número de medicamentos anti-hipertensivos; uso de bloqueadores beta-adrenérgicos (34,9% vs 19,6%), bloqueadores dos canais de cálcio (29,1%vs 11,2%), diuréticos de alça (30,2%vs 10,5%) e vasodilatadores (9,3% vs2,1%). Conclusão Os hipertensos com doença renal crônica apresentaram perfil clínico mais comprometido, porém em relação ao tratamento anti-hipertensivo as atitudes foram mais positivas do que os sem doença renal.ABSTRACT Objective To compare hypertensive patients with and without chronic kidney disease and identify factors associated with their clinical condition and antihypertensive treatment. Method This was a cross-sectional study conducted with patients hospitalized in a general medical ward at a university hospital in the city of São Paulo, Brazil. Data were collected from medical records. Significance was set at p<0.05. Results Of the 386 patients studied, 59.3% presented hypertension and, of these, 37.5% presented chronic kidney disease. The data showed an independent association between chronic kidney disease and prior history of diabetes (OR 1.86; CI 1.02-3.41), congestive heart failure (OR 3.42; CI 1.36-9.03) and living with a partner (OR 1.99; CI 1.09-3.69). Regarding antihypertensive treatment, there was a difference (p<0.05) between hypertensive patients with and without chronic kidney disease in terms of administering healthcare treatment (93.2% versus 77.7%); ongoing use of antihypertensive drugs, (79.1% versus 66.4%); higher number of antihypertensive drugs; the use of beta-adrenergic blockers (34.9%versus 19.6%), calcium channel blockers (29.1%versus 11.2%), loop diuretics (30.2%versus 10.5%) and vasodilators (9.3%versus 2.1%). Conclusion The hypertensive patients with chronic kidney disease presented a more compromised clinical profile; however, the attitudes of these patients toward antihypertensive treatment were more positive than those without chronic kidney disease.RESUMEN Objetivo Comparar pacientes hipertensivos con y sin enfermedad renal e identificar factores asociados relacionados a la condición clínica y tratamiento anti-hipertensivo. Método Estudio trasversal con pacientes en clínica médica de un hospital universitario de São Paulo. Los datos fueron recolectados mediante análisis de archivo. Valores de p<0,05 fueron considerados significantes. Resultados De los 386 pacientes evaluados, 59,3% era hipertensivo y, entre estos, 37,5% sufría de enfermedad renal crónica. Fue encontrada asociación independiente de la presencia de enfermedad renal crónica para antecedentes de diabetes (OR 1,86; IC 1,02-3,41) y de insuficiencia cardíaca congestiva (OR 3,42; IC 1,36-9,03); además del hecho de vivir con pareja (OR 1,99; IC 1,09-3,69). Respecto al tratamiento anti-hipertensivo, fue encontrada diferencia (p<0,05) entre los hipertensivos con y sin enfermedad renal respecto a hacer monitoreo de salud (93,2% vs 77,7%); uso continuo de medicamentos anti-hipertensivos, (79,1% vs 66,4%); mayor número de medicamentos anti-hipertensivos; uso de bloqueadores beta-adrenérgicos (34,9% vs 19,6%), bloqueadores de los canales de calcio (29,1% vs 11,2%), diuréticos de asa (30,2% vs 10,5%) y vasodilatadores (9,3%vs 2,1%). Conclusión Los hipertensivos con enfermedad renal crónica mostraron perfil clínico más comprometido pero, respecto al tratamiento anti-hipertensivo, las actitudes fueron más positivas que entre aquellos sin enfermedad renal.

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Pinho, N. A. de, Oliveira, R. de C. B. de, & Pierin, A. M. G. (2015). Hipertensos com e sem doença renal: avaliação de fatores de risco. Revista Da Escola de Enfermagem Da USP, 49(spe), 101–108. https://doi.org/10.1590/s0080-623420150000700015

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