Novas gerações no mercado de trabalho: expectativas renovadas ou antigos ideais?

  • Cavazotte F
  • Lemos A
  • Viana M
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Abstract

Em meio a transformações nas carreiras e relações produtivas na atualidade, (BALASSIANO e COSTA, 2006; DUTRA, 2010), uma nova geração de profissionais está entrando no mercado de trabalho. Essa geração tem sido caracterizada pela literatura não acadêmica como sensivelmente diferente das antecessoras (ALSOP, 2008; MUNRO, 2009). No entanto, em estudos científicos, as diferenças observadas parecem bem menos acentuadas (CENNAMO e GARDNER, 2008; WONG, GARDINER, LANG et al., 2008). As mudanças no âmbito das carreiras e o ingresso no mercado de trabalho dessa nova geração motivaram a realização deste estudo que objetivou conhecer as expectativas de jovens profissionais em formação quanto às recompensas tangíveis e intangíveis que desejam obter no trabalho, através de entrevistas com estudantes do curso de graduação em Administração de universidades privadas do Rio de Janeiro. Diante de uma pergunta ampla acerca do que desejariam encontrar nas organizações, jovens com idades entre 20 e 28 anos revelaram seus sonhos e anseios. A análise dos relatos sugere que há mais em comum entre os membros da geração Y e seus antecessores do que a literatura não acadêmica nos faria crer. As observações desta pesquisa oferecem suporte à noção de que jovens funcionários talvez estabeleçam contratos psicológicos que favorecem o prazer, a liberdade e o envolvimento social. Ao mesmo tempo indicam que o novo parece coexistir com o tradicional, pois anseios contemporâneos combinam-se a desejos comuns às gerações anteriores, reforçando a percepção de que existem expectativas relacionadas ao trabalho que subsistem, a despeito de mudanças objetivas na esfera produtiva.Amid the changes in careers and labor relations in today´s workplace, (BALASSIANO and COSTA, 2006; DUTRA, 2010), a new generation of professionals is entering the job market. This generation has been characterized by the non-academic literature as significantly different from its predecessors (ALSOP, 2008; MUNRO, 2009). However, scientific studies have also suggested that such differences could be much less pronounced (CENNAMO and GARDNER, 2008; WONG, GARDINER, LANG et al., 2008). The changing nature of careers and the entrance of this new generation into the job market have motivated this study, which aims to examine the expectations of young workers regarding the intrinsic and extrinsic rewards they wish to attain in the workplace through interviews with undergraduate students enrolled in management programs offered by private universities in Rio de Janeiro. As they addressed an open question regarding what they wished to find in the organizations, young adults ranging from 20 to 28 years old revealed their dreams and concerns. The analysis of the reports suggests that there is more in common between members of Generation Y and its predecessors than the non-academic literature would have us believe. The observations of this study support the notion that young employees may establish psychological contracts that favor pleasure, freedom and social involvement. On the other hand, new and conventional expectations seem to coexist, since such contemporary concerns come together with aspirations longed for by previous generations, reinforcing the perception that there are work-related expectations that remain, in spite of objective changes in the productive sphere.

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Cavazotte, F. de S. C. N., Lemos, A. H. da C., & Viana, M. D. de A. (2012). Novas gerações no mercado de trabalho: expectativas renovadas ou antigos ideais? Cadernos EBAPE.BR, 10(1), 162–180. https://doi.org/10.1590/s1679-39512012000100011

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