A vulnerabilidade é um indicador da iniquidade e da desigualdade social e detecta as fragilidades do indivíduo e sua capacidade de enfrentamento dos problemas e/ou agravos de saúde. Compreender os fatores que influenciam no envolvimento e manutenção do uso de drogas na gestação pode contribuir para o diagnóstico precoce de vulnerabilidade e no planejamento de intervenções que auxiliem na evolução de uma gestação saudável. O objetivo foi examinar os planos analíticos de vulnerabilidade para compreensão do uso de drogas na gravidez. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e exploratório, utilizando como referencial teórico contextos de vulnerabilidade nos planos analíticos individual, social e programático. Um roteiro de entrevista semiestruturado composto por quatro eixos temáticos e analisado de acordo com o referencial teórico de vulnerabilidade foi utilizado. As 12 mulheres tinham entre 17 e 33 anos e utilizavam múltiplas drogas desde a adolescência. O tabaco e álcool foram as drogas de iniciação e o crack a mais frequente na gravidez. As mulheres foram consideradas vulneráveis nos três planos, uma vez que elas viviam em um ambiente de risco, caracterizado por famílias, que mantêm cultura aditiva, conflitos com a justiça, violência intrafamiliar, vivências de situações sociais de crime e abuso e ausência de vínculo com serviços de saúde.
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Marangoni, S. R., Hungaro, A. A., Kitagawa, T., Rosa, O. P., & Oliveira, M. L. F. de. (2018). Contextos de vulnerabilidade de mulheres usuárias de drogas de abuso na gravidez/ Vulnerability contexts in pregnant women addicted to drugs of abuse. Ciência, Cuidado e Saúde, 17(1). https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v17i2.41015
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