Relata-se experiência profissional de cinco anos em uma empresa farmacêutica brasileira. Nesse período, montou-se uma equipe técnica e buscou-se o desenvolvimento de uma linha fitoterápica a partir de literatura científica, aproveitamento de estudos nacionais já realizados bem como com ajustes de pesquisas internacionais ao padrão regulatório brasileiro. Como resultados desta atividade profissional foram desenvolvidos cinco fitoterápicos: cápsulas duras com extrato de isoflavonas agliconas de soja (Glycine max), resultado de parceria com outra empresa e universidade; comprimidos de extrato padronizado de incenso (Boswellia serrata) indicados em patologias inflamatórias intestinais; comprimidos de extrato padronizado de garra do diabo (Harpagophytum procumbens) indicados em patologias reumáticas; cápsulas gelatinosas moles com óleo essencial de hortelã-pimenta (Mentha piperita) recomendadas na fase espástica da síndrome do intestino irritável; e, por fim, pomada com extrato padronizado das cascas de barbatimão (Stryphnodendron adstringens) indicada como cicatrizante em escaras de graus I e II. Apesar das dificuldades e complexidade de cumprimento dos requisitos da cadeia de pesquisa e desenvolvimento, o presente relato mostra ser possível esta atividade, com geração de produtos fitoterápicos seguros, eficazes e de qualidade compatível com as exigências regulatórias nacionais e internacionais.
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Marques, L. C., & Souza, C. M. (2012). Pesquisa e Desenvolvimento de Fitoterápicos: Relatos de Experiência em Indústria Farmacêutica Nacional. Revista Fitos, 7(01), 50–66. https://doi.org/10.32712/2446-4775.2012.137
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