As plantas medicinais podem representar importantes alternativas terapêuticas. No entanto, para elaboração de um fitoterápico a contaminação microbiana constitui um problema a ser vencido. O processamento tecnológico da matéria-prima envolve etapas, geralmente, desfavoráveis à sobrevivência de microrganismos, sendo sua eliminação dependente da carga microbiana inicial e das condições de trabalho utilizadas. Assim, este estudo teve como objetivo verificar a contaminação microbiana presente nas partes aéreas de Phyllanthus niruri e produtos derivados, solução extrativa (SE) e produto seco por aspersão (PSA), a fim de avaliar a redução da contaminação após a decocção e a secagem por aspersão. A determinação dos microrganismos viáveis nos produtos foi realizada através do método de contagem em placas, e a quantificação de coliformes totais pela técnica do número mais provável. Os resultados demonstraram que carga microbiana dos produtos analisados encontrava-se abaixo do limite máximo permitido. Em relação à droga vegetal, a solução extrativa apresentou carga microbiana consideravelmente menor, sugerindo que a decocção tenha sido responsável pela redução de 98,3% da contaminação inicial. Por outro lado, a carga microbiana do PSA foi semelhante a da SE, indicando que os microrganismos não são afetados pela operação de secagem por aspersão.
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Souza, T. P. de, Lionzo, M. I. Z., & Petrovick, P. R. (2006). Avaliação da redução da carga microbiana de droga vegetal através do processamento tecnológico: decocção e secagem por aspersão. Revista Brasileira de Farmacognosia, 16(1). https://doi.org/10.1590/s0102-695x2006000100017
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