O artigo apresenta uma análise sintética sobre os avanços e recuos dos movimentos sociais e de educadores, a partir da década de 70 até o ano de 2010, ressaltando a importância da luta encetada por esses movimentos para resistir às políticas liberais e neoliberais executadas pelos governos ditatoriais e democráticos, em sua versão burguesa e também populista. Destaca-se o efeito dessas políticas que produziram perdas de conquistas históricas dos trabalhadores em relação às garantias sociais por um lado, sendo acionadas ao mesmo tempo estratégias de minimização da miséria e da pobreza extrema. A tendência de combate aos movimentos sociais, criminalizando-os como se não tivessem direito de resistir a essas políticas, pretende estabelecer um confronto entre as forças progressistas e setores populares que podem ser cooptados mediante a implementação das políticas compensatórias. Também se identifica um processo de hegemonização do Estado que atingiu o próprio campo das forças progressistas, provocando a sua divisão e o seu enfraquecimento em determinados momentos da história recente. Ainda assim, a manutenção dos movimentos sociais constituiu-se como condição indispensável para o combate dos mecanismos de subsunção do trabalho manual e intelectual operados pelo Estado e pelo Mercado na sociedade brasileira na primeira década do século XXI.
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Rosar, M. D. F. F. (1969). Educação e Movimentos Sociais: avanços e recuos entre o século XX e o século XXI. Educação Em Revista, 12(2), 145–162. https://doi.org/10.36311/2236-5192.2011.v12n2.2492
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