Com o crescimento urbano acentuado registrado especialmente nas últimas décadas, o futuro das cidades se torna um dos temas mais importantes em questão quando, junto disto, surge a necessidade de adaptação das cidades frente aos eventos climáticos extremos, impulsionados pelas mudanças climáticas. Neste cenário, a ação climática, expressa na Agenda 2030 em seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, é urgente e a capacidade de adaptação das cidades é um requisito essencial do planejamento urbano. As ações de adaptação, focadas no preparo das cidades e comunidades, vão desde mudanças de comportamento da população até opções tecnológicas para a infraestrutura [1]. Neste contexto, as “Cidades Inteligentes”, compreendidas como espaços onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são empregadas para eficiência da operação e dos serviços, são consideradas modelos e tornam-se importantes territórios para estudo de soluções inovadoras para adaptação às mudanças climáticas em núcleos urbanos. Com base nisto, o objetivo desta pesquisa é investigar as iniciativas de adaptação às mudanças climáticas adotadas em cidades inteligentes tendo em vista os diferentes contextos globais e o alcance da Agenda 2030.Para tanto, inicialmente foi realizada a identificação das cidades inteligentes tendo como referência o relatório Cities in Motion Index, selecionando as cinco cidades inteligentes mais bem classificadas de 8 contextos: África, Oriente Médio, Ásia, América Latina (incluindo o Brasil), América do Norte, Oceania, Leste Europeu e Europa. Na sequência, ocorreu o levantamento e enquadramento das iniciativas considerando as três abordagens prioritárias para adaptação, propostas por [2]: aumento da capacidade de adaptação, redução da exposição e redução da vulnerabilidade. Ainda, foi realizada uma análise técnica das iniciativas, identificando se as ações são intervenções físicas ou medidas para conscientização do cidadão. Por fim, foi realizada a análise da contribuição das mesmas para o alcance das metas propostas pelos ODS. Os resultados evidenciam que as cidades melhor classificadas como cidades inteligentes apresentam uma adaptação às mudanças climáticas mais consolidada. O destaque entre as iniciativas de adaptação é direcionado às Soluções Baseadas na Natureza, sendo massivamente adotada em todos os contextos. Os ODSs mais favorecidos são o ODS 9 (Indústria Inovação e Infraestrutura), ODS 11 Cidades e Comunidades Sustentáveis) e ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima). As soluções baseadas em TICs não são amplamente adotadas nestas cidades, mas oferecem oportunidades inovadoras que podem direcionar o futuro da adaptação às mudanças climáticas. Por fim, considerando o escopo limitado que apresenta apenas uma visão global, cabe a pesquisas futuras a análise dos contextos de forma individual e detalhada, buscando compreender como as vulnerabilidades particulares de cada território são atendidas na adaptação às mudanças climáticas.Com o crescimento urbano acentuado registrado especialmente nas últimas décadas, o futuro das cidades se torna um dos temas mais importantes em questão quando, junto disto, surge a necessidade de adaptação das cidades frente aos eventos climáticos extremos, impulsionados pelas mudanças climáticas. Neste cenário, a ação climática, expressa na Agenda 2030 em seu Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, é urgente e a capacidade de adaptação das cidades é um requisito essencial do planejamento urbano. As ações de adaptação, focadas no preparo das cidades e comunidades, vão desde mudanças de comportamento da população até opções tecnológicas para a infraestrutura [1]. Neste contexto, as “Cidades Inteligentes”, compreendidas como espaços onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) são empregadas para eficiência da operação e dos serviços, são consideradas modelos e tornam-se importantes territórios para estudo de soluções inovadoras para adaptação às mudanças climáticas em núcleos urbanos. Com base nisto, o objetivo desta pesquisa é investigar as iniciativas de adaptação às mudanças climáticas adotadas em cidades inteligentes tendo em vista os diferentes contextos globais e o alcance da Agenda 2030.Para tanto, inicialmente foi realizada a identificação das cidades inteligentes tendo como referência o relatório Cities in Motion Index, selecionando as cinco cidades inteligentes mais bem classificadas de 8 contextos: África, Oriente Médio, Ásia, América Latina (incluindo o Brasil), América do Norte, Oceania, Leste Europeu e Europa. Na sequência, ocorreu o levantamento e enquadramento das iniciativas considerando as três abordagens prioritárias para adaptação, propostas por [2]: aumento da capacidade de adaptação, redução da exposição e redução da vulnerabilidade. Ainda, foi realizada uma análise técnica das iniciativas, identificando se as ações são intervenções físicas ou medidas para conscientização do cidadão. Por fim, foi realizada a análise da contribuição das mesmas para o alcance das metas propostas pelos ODS. Os resultados evidenciam que as cidades melhor classificadas como cidades inteligentes apresentam uma adaptação às mudanças climáticas mais consolidada. O destaque entre as iniciativas de adaptação é direcionado às Soluções Baseadas na Natureza, sendo massivamente adotada em todos os contextos. Os ODSs mais favorecidos são o ODS 9 (Indústria Inovação e Infraestrutura), ODS 11 Cidades e Comunidades Sustentáveis) e ODS 13 (Ação contra a Mudança Global do Clima). As soluções baseadas em TICs não são amplamente adotadas nestas cidades, mas oferecem oportunidades inovadoras que podem direcionar o futuro da adaptação às mudanças climáticas. Por fim, considerando o escopo limitado que apresenta apenas uma visão global, cabe a pesquisas futuras a análise dos contextos de forma individual e detalhada, buscando compreender como as vulnerabilidades particulares de cada território são atendidas na adaptação às mudanças climáticas.
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Mazutti, J., & Brandli, L. L. (2021). RESUMO DE DISSERTAÇÃO: ADAPTAÇÃO ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM NÚCLEOS URBANOS: INICIATIVAS EM CIDADES INTELIGENTES E A CONTRIBUIÇÃO PARA A AGENDA 2030. MIX Sustentável, 8(1), 174–175. https://doi.org/10.29183/2447-3073.mix2022.v8.n1.174-175
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