Objetivou-se identificar as percepções de profissionais trabalhadores de um CAPSi acerca do trabalho em saúde mental da criança e do adolescente e descrever os impasses e desafios vividos pelo serviço em seu décimo ano de funcionamento. Os dados foram analisados por meio da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), possibilitada pelo software IRaMuTeQ. A CHD formou cinco classes: 1- “A clínica no CAPSi”, classe que compreende as interrogações dos profissionais acerca da dimensão clínica do CAPSi, especialmente no que se refere às condutas a serem adotadas para o cuidado de usuários com autismo; 2- “Articulação com a Rede”, onde situam-se desafios relacionados à efetivação da política intersetorial; 3- “Imaginário do serviço”, que ilustra o entendimento da população e demais serviços da rede acerca do CAPSi, frequentemente visto como um serviço clínico-ambulatorial centrado na especialidade psiquiátrica. 4- “Perfil dos usuários globais”, que remonta a lógica histórica de ações dedicadas à crianças e adolescentes considerados “desviantes”, condição que contribui para a prevalência de usuários provenientes de famílias com baixa renda e em vulnerabilidade social no CAPSi; 5- “O Cuidado de Usuários AD”, que denota a dificuldade do CAPSi constituir-se como um lugar possível para cuidado de usuários com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas
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Leitão, I. B., & Avellar, L. Z. (2020). 10 anos de um CAPSi. Estilos Da Clinica, 25(1), 165–183. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v25i1p165-183
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