Este texto apresenta uma meta‑análise sobre o avanço do ‘Estado punitivo’ na contemporaneidade. Em outras palavras, versa sobre a proeminência do controle em detrimento da proteção social e das políticas dos direitos sociais. O tema central é o investimento crescente no combate ao crime pelas democracias contemporâneas, o que contribui para consolidar a figura do “Estado punitivo”. Inserido nas recentes reflexões sociológicas de Loïc Wacquant, David Garland, Nils Christie e Zygmunt Bauman, entre outros, esse tema é ainda pouco discutido pela comunidade acadêmica. O atual arranjo capitalista generaliza‑se quase que instantaneamente em todo o globo, atrelando o sucesso dos empreendimentos econômicos à nova face da política criminal. O presente artigo, portanto, tem como objetivo oferecer um enfoque alternativo às reflexões sobre o controle social, abordando o que se convencionou chamar de ‘Estado punitivo’, figura política que se ajusta às transformações econômicas, sociais e culturais já em curso nos últimos trinta anos e que, segundo alguns teóricos contemporâneos, inauguram a pós‑modernidade.This text focuses on the advance of the “punitive state” in contemporary societies, or in other words, the prominence of control rather than social protection and social rights policies. Its central topic is the increasing investment in fighting crime by contemporary democracies, which helps to consolidate the figure of the “punitive state”. The recent sociological reflections of Loïc Wacquant, David Garland, Nils Christie and Zygmunt Bauman, among others, will be used to explore this topic, which is still little discussed by the academic community. The current capitalist arrangement has almost instantaneously spread around the globe, tying the success of economic enterprises to the new face of crime policy. The paper therefore aims to offer an alternative approach to thinking about social control by addressing the so‑called “punitive state”, a policy that suits the economic, social and cultural changes under way in the last thirty years and that, according to some contemporary theorists, inaugurated postmodernity. Ce texte présente une méta‑analyse sur l’avancée de l’«État punitif» dans la contemporanéité. En d’autres mots, il a trait à la proéminence du contrôle, au détriment de la protection sociale et des politiques des droits sociaux. Le thème central est l’investissement croissant dans la lutte contre le crime de la part des démocraties contemporaines, ce qui contribue à consolider l’image de l’«État punitif». S’insérant dans les récentes réflexions sociologiques de Loïc Wacquant, David Garland, Nils Christie et Zygmunt Bauman, entre autres, ce thème fait encore l’objet de peu de débats au sein de la communauté académique. L’actuel arrangement capitaliste se généralise presque instantanément sur toute la planète, en attelant l’entrepreneuriat de succès à la nouvelle face de la politique criminelle. Le présent article a donc pour but d’offrir une approche alternative aux réflexions sur le contrôle social, en abordant ce qu’il est convenu d’appeler l’«État punitif», figure politique qui s’ajuste aux transformations économiques, sociales et culturelles déjà en cours durant ces trente dernières années et qui, selon certains théoriciens contemporains, ouvrirent la voie à la postmodernité.
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Pastana, D. R. (2012). Estado punitivo e pós‑modernidade: Um estudo metateórico da contemporaneidade*. Revista Crítica de Ciências Sociais, (98), 25–44. https://doi.org/10.4000/rccs.5000
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