OBJETIVO - Verificar como são tratados pacientes com insuficiência cardíaca (IC) em hospital terciário de Säo Paulo. MÉTODOS - Analisados 100 pacientes com IC, em tratamento ambulatorial, com idade média de 56,8 anos, sendo 76 homens. Todos realizaram estudo ecocardiográfico, que identificou diâmetros ventriculares entre 48 e 89mm (média 65,9) e fraçäo de ejeçäo (FE) entre 0,22 e 0,59 (média 0,43). A etiologia da disfunçäo ventricular (DV) foi isquêmica em 42 casos, cardiomiopatia dilatada em 28, secundária à valvopatia em 12, doença de Chagas em 10 e cardiomiopatia hipertensiva em 8. Analisou-se a terapêutica prescrita, se continha inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e qual a sua dosagem. Foi analisado, também, se a etiologia ou o grau de DV tinha influência na prescrita. RESULTADOS - Oitenta e sete pacientes receberam IECA, sendo que em 31 a dose foi inferior à preconizada nos grandes estudos. Digoxina foi prescrita em 69 casos, diuréticos em 85 e ácido acetilsalicílico em 33. Dividindo os pacientes os pacientes em dois grupos, com FE maior e menor que 0,45, observamos que, no último, foi maior a prescrição de IECA (91,5 'por cento' vs 80,4 'por cento') e maior o uso de doses adequadas (61 'por cento' vs 48,7 'por cento'). CONCLUSÄO - A maioria dos pacientes foi tratada conforme recomendaçöes atuais, apresentando boa tolerabilidade para IECA, contudo 1/3 deles não usou IECA em dose considerada adequada. Esquemas terapêuticos com betabloqueadores e inibidores da angiotensina II não fizeram parte da prática clínica rotineira.(AU)
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Barretto, A. C. P., Wajngarten, M., Serro-Azul, J. B., Pierri, H., Nussbacher, A., & Gebara, O. C. E. (1997). Tratamento medicamentoso da insuficiência cardíaca em hospital terciário de São Paulo. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 69(6), 375–379. https://doi.org/10.1590/s0066-782x1997001200002
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