O objetivo deste estudo foi investigar os aspectos psicossociais e as construções de enfrentamento da cirurgia de histerectomia. Tratou-se de estudo de coorte, longitudinal, envolvendo 10 mulheres, com média de idade de 44 anos, baixa escolaridade e renda, atendidas em um hospital municipal do Estado da Paraíba. Utilizou-se a Escala de Modo de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e entrevistas semiestruturadas realizados na maternidade e nas residências, no intervalo entre o pré-cirúrgico e no sexto mês do pós-operatório. Para análise dos resultados, utilizou-se estatística descritiva e bivariada e a técnica de análise de conteúdo. Os resultados indicaram a variabilidade das estratégias de enfrentamento, com predomínio na busca de práticas religiosas, seguido de focado no problema. Os discursos evidenciam receio pela perda da feminilidade e mobilização de sentimentos de temor quanto à cirurgia. Os resultados fornecem subsídios para a intervenção psicológica, enfatizando processos de comunicação mais efetivos entre profissionais de saúde e pacientes.The aim of this study was to investigate psychosocial aspect and constructs of coping with hysterectomy. This is a cohort, longitudinal study, involving 10 women, mean age 44 years, low education and income, attending a municipal hospital in the state of Paraiba. A Mode of Coping Scale (EMEP) and semi-structured interviews conducted in the maternity ward and at home were used, in the interval between the preoperative and at six months post-operative. To analyze the results, descriptive and bivaried statistics and content analysis technique were used. The results showed variability in coping strategies, predominantly in the search for religious practices, followed by problem-focused. The speeches show concern for the loss of femininity and mobilization of feelings of fear about the surgery. The results assist in psychological intervention, stressing more effective communication processes between health professionals and patients.
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dos Santos, L. R. M. S., & Saldanha, A. A. W. (2011). Histerectomia: aspectos psicossociais e processos de enfrentamento. Psico-USF, 16(3), 349–356. https://doi.org/10.1590/s1413-82712011000300011
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