A apologia da aprendizagem ao longo da vida, designadamente ao nível dos discursos políticos da Comissão Europeia, parece traduzir a crença de que se trata de uma nova orientação estratégica que permitirá solucionar muitos dos velhos problemas que se vêm colocando aos sistemas de educação e formação. Neste artigo, pretende-se debater em que medida a aprendizagem ao longo da vida corresponde, de facto, a uma novidade no campo educativo. Para tal consideramos, de modo articulado, três dimensões de análise: discutimos os sentidos e significados que lhe são atribuídos, reflectimos sobre as eventuais alterações que introduz, por um lado, nas orientações estratégicas subjacentes às políticas educativas e, por outro lado, nos processos de educação e formação. Procura-se, também, indagar de que modo a promoção de dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida permite atenuar (ou não) as desigualdades que têm marcado o desenvolvimento dos sistemas educativos.Palavras-chave: Políticas Educativas Europeias; Desigualdades; Aprendizagem
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Alves, M. G. (2018). Aprendizagem ao longo da vida: entre a novidade e a reprodução de velhas desigualdades. Revista Portuguesa de Educação, 23(1), 7. https://doi.org/10.21814/rpe.13976
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