O presente trabalho propõe-se a realizar uma revisão narrativa da literatura nacional dos últimos 15 anos (entre os anos de 2000 e 2015) sobre as relações entre a cultura organizacional e dois conceitos intimamente relacionados ao adoecimento do trabalhador: o estresse ocupacional e o burnout. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico por meio da consulta às bases de dados LILACS, PePSIC e SciElo. De forma complementar, foi consultado o banco de teses da CAPES. No total, foram contemplados oito trabalhos científicos, sendo cinco referentes às relações entre cultura e estresse ocupacional e três sobre as relações entre cultura e burnout. Os resultados apontam a escassez de estudos brasileiros sobre o tema. Ademais, um aspecto importante refere-se à dificuldade de articulação dos estudos, o que pode ser atribuído, em alguma medida, à utilização de diferentes ferramentas para a apreensão dos mesmos fenômenos. Apesar dos desafios gerados pelas inconsistências empíricas, foi possível identificar que a cultura organizacional configura-se como um preditor do desenvolvimento do estresse ocupacional e da síndrome de burnout. Acredita-se que o presente trabalho poderá contribuir para a elaboração de novas políticas e práticas organizacionais que prezem pela qualidade da cultura desenvolvida dentro do âmbito laboral.
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Aguiar, C. V. N., Silva, E. E. da C., Carvalho, B. R. de, Ferreira, J. C. M., & Jesus, K. C. O. de. (2017). CULTURA ORGANIZACIONAL E ADOECIMENTO NO TRABALHO: UMA REVISÃO SOBRE AS RELAÇÕES ENTRE CULTURA, BURNOUT E ESTRESSE OCUPACIONAL. Revista Psicologia, Diversidade e Saúde, 6(2), 121–131. https://doi.org/10.17267/2317-3394rpds.v6i2.1157
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