Os ensaios freireanos encontrados em Pedagogia do Oprimido se concretizam na relação teórico-prática e inovam-se associando o conceito de práxis à educação, a qual está a serviço da libertação, fundada na criatividade, no diálogo, na reflexão, na conscientização e em ações dos homens sobre a realidade visando a sua transformação. Na perspectiva de contribuir para a reflexão sobre o vínculo entre práxis e educação, o presente estudo, teórico-bibliográfico, tem como principal propósito identificar e analisar os sentidos da categoria práxis na obra Pedagogia do Oprimido . Debruçando nosso olhar investigativo sobre a obra em questão e dialogando com os escritos de Sánchez Vázquez (1977), Marx (2007), Konder (1992), entre outros, observamos a preponderância, nos sentidos de práxis propiciados por Freire, do caráter político, possibilitador do processo de conscientização dos homens e orientador de suas ações sobre o mundo real com vistas à sua transformação. A práxis em Freire remete à ideia de um conjunto de práticas visando à transformação da realidade e à produção da história. O que nos leva a crer que é sobre o tripé formado pela transformação de uma realidade injusta, pela transformação baseada na crítica dessa realidade e pelo seu conhecimento que Freire, a exemplo de Sánchez Vázquez (1977), elabora uma noção de práxis histórica e social.
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Carvalho, S., & Pio, P. (2019). A categoria da práxis em Pedagogia do Oprimido: sentidos e implicações para a educação libertadora. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 98(249). https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.98i249.2729
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