Este artigo tem por objetivo tratar, ainda que sumariamente, de alguns temas ligados à vida e a obra de Hildegarda de Bingen. Entretanto, em primeiro lugar, faremos alguns apontamentos sobre a história da filosofia feita pelas mulheres que, silenciada por séculos e séculos pelo cânone, vem sendo redescoberta nos últimos anos no Brasil. A partir disso, consideraremos esta história tomando como referência uma de suas personagens, neste caso, Hildegarda de Bingen. O breve relato biográfico sobre a vida dessa pensadora do século XII que assumiu funções de poder no contexto da vida religiosa, nos ajudará a compreender, a seguir, alguns dos temas e problemas que envolvem sua escrita, seu desenho e sua música. Dentre estes problemas o que mais nos pede atenção, neste texto, é a representação do feminino e a discussão, que Hildegarda realiza, sobre a natureza da mulher no âmbito físico, moral, teológico e epistemológico que, por sua vez, se traduz como uma narrativa que quebra alguns paradigmas estruturantes do período.
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Ezídio, C. de S. (2022). HILDEGARDA DE BINGEN. Notandum, (60), 21–38. https://doi.org/10.4025/notandum.vi60.65837
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