A radioterapia tem como filosofia a irradiação de células tumorais e preservação dos tecidos normais incluídos no campo de irradiação. O agente terapêutico nesse tratamento é a radiação ionizante, que pode agir de forma direta ou indireta sobre a molécula de DNA. Apesar de a radiação favorecer boa resposta frente às neoplasias malignas, ela pode desencadear também alterações no tecido normal. As reações adversas irão depender do volume e do local irradiado, da dose total, do fracionamento, da idade, das condições clínicas e da resposta individual do paciente. As reações agudas ocorrem durante o curso do tratamento e são em geral reversíveis. Já as reações crônicas ou tardias são em geral irreversíveis e resultam em incapacidade permanente e piora da qualidade de vida do paciente. As alterações agudas e tardias são: xerostomia, alterações da flora bacteriana bucal, alterações do paladar, trismo muscular, cárie de radiação, candidíase e osteorradionecrose. Tendo em vista o número de lesões e a gravidade das mesmas, pode-se afirmar que a odontologia se constitui numa especialidade essencial nos aspectos preventivo, curativo e reabilitador das seqüelas oriundas do tratamento cirúrgico e radioterápico dos tumores de cabeça e pescoço.
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DALPRÁ, L. M., COPELLI, F. A., TELLES, C. P., LOCKS, B. J., & TOMMASI, M. H. (2007). EFEITOS ADVERSOS DA RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO. DENS, 15(2). https://doi.org/10.5380/rd.v15i2.9327
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