Este texto, ancorado em um trabalho etnográfico levado a cabo na África do Sul desde 2006, traz à tona o engajamento de farm dwellers da região de Kwazulu-Natal para que os funerais de seus parentes se realizem no interior de fazendas onde residem, mas que pertencem a fazendeiros brancos. Em um primeiro momento, apresentamos brevemente peças de legislação chamadas acts, que abrem o caminho para um entendimento mais nuançado dos quatro casos etnográficos trabalhados em seguida. Por fim, concluímos com algumas reflexões sobre o que os funerais e os ancestrais nos ensinam sobre o valor da terra como propriedade intelectual.Based on ethnographic research conducted in South Africa since 2006 this text focuses on the efforts that farm dwellers in the Kwazulu-Natal region invest in making sure the funerals of their relatives occur on the farms where they reside, but that are owned by white farmers. We begin with a brief presentation of pieces of legislation called acts that open the way to a more detailed understanding of the four ethnographic cases discussed subsequently. We conclude with some reflections on what the funerals and the ancestors teach us about the value of the land as intellectual property.
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Borges, A. (2017). Sem sombra para descansar: etnografia de funerais na África do Sul contemporânea. Anuário Antropológico, v.36 n.1, 215–252. https://doi.org/10.4000/aa.1057
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