O envelhecimento da população brasileira tem demandado atenção, principalmente, no que tange ao cuidado para com o público idoso. Apesar de a legislação brasileira estabelecer que esta responsabilidade é de competência primordial da família, a dinamicidade do contexto social e a atual fluidez dos relacionamentos familiares têm implicado alterações nessa obrigatoriedade. Nesse contexto, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) oferecem serviços de assistência social e à saúde, prioritariamente, para idosos que não possuem família ou quando essa não apresenta condições para assumir seu cuidado. Tendo-se presente o fato de que, muitas vezes, as instituições asilares são rotuladas pela sociedade de maneira preconceituosa, este estudo buscou identificar e analisar as representações sociais de idosos institucionalizados sobre a velhice e sobre a sua condição de idoso. Nesta pesquisa qualitativa, adotou-se o método de estudo de caso. A coleta de dados foi operacionalizada por meio de observação, entrevistas com idosos institucionalizados e classificação de imagens. Os resultados do estudo apontaram representações sociais distintas: algumas com foco nas perdas, na qual a velhice foi associada a abandono, solidão, conflitos, pobreza e doença, e outras com foco nos ganhos, a exemplo das representações da velhice como uma fase ativa, propícia a envolvimentos amorosos e ao descanso.
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Locatelli, P. A. P. C. (2017). As representações sociais sobre a velhice na perspectiva dos usuários de uma instituição de longa permanência. Revista Brasileira de Ciências Do Envelhecimento Humano, 14(1). https://doi.org/10.5335/rbceh.v14i1.6107
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