O presente artigo decorre de leituras, reflexões e debates, no âmbito de pesquisa sobre iniciativas de organização popular por direitos, participação democrática e educação em movimentos sociais de resistência. O direito de escolha com a participação de todo cidadão na vida social é fruto de movimentos, por vezes, de resistência. Trata-se de movimentos de reação que nascem de políticas restritivas a uma sociedade mais justa e igualitária. No seio dessas experiências, constituem-se possibilidades de ações educativas de processos de democratização. Como processos sociais, esses movimentos instauram possibilidades de participação, de criatividade, de protagonismo. Neste texto, propõe-se refletir, especialmente, sobre educação popular e sua relação com a democracia, a partir desses movimentos como experiências políticas de educação. Busca-se vislumbrar possíveis alternativas de ação aos movimentos sociais atuantes e resistentes a interesses de projetos do capital, a partir da educação popular. A partir disso, vislumbra-se a possibilidade de inserir e integrar novas práticas educacionais/sociais que ousem ser democráticas na sua própria concepção, pois existe a necessidade de se aprofundar experiências que façam frente às resistências numa perspectiva de melhorar os processos sociais de representatividade e participação popular.
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Gerhardt, M. C., & Frantz, W. (2019). Educação popular e movimentos sociais. Revista de Educação Popular, 18(1), 92–104. https://doi.org/10.14393/rep-v18n12019-46367
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