O presente artigo visa apresentar uma reflexão, a partir do diálogo com aportes da psicanálise na educação, acerca das implicações da presença do discurso medicalizante no espaço escolar. O discurso medicalizante, muitas vezes proferido com fluência por aqueles que se ocupam da educação, traz consigo inúmeras consequências ao laço educativo, bem como aos sujeitos nele envolvidos. Para a análise aqui pretendida, valemo-nos de falas de professoras das redes pública e privada de ensino, acerca dos impactos da presença do discurso medicalizante à prática docente e ao cotidiano escolar. Patologização de comportamentos infantis, epidemia de diagnósticos, construção de padrões de normalidade e anormalidade, crescente uso de psicofármacos, bem como a desautorização e a desimplicação do professor, são alguns dos principais aspectos identificados em nosso estudo.
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Fanizzi, C., & Lajonquière, L. D. (2020). O discurso medicalizante e a educação. Estilos Da Clinica, 25(1), 105–122. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v25i1p105-122
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