Resumo Baseado nas contribuições dos teóricos da decolonialidade e em diálogo com a tradição dos estudos do Atlântico Negro, o artigo, em busca de uma justiça cognitiva, propõe um diálogo horizontal e equitativo entre estas correntes do pensamento político-acadêmico e os intelectuais negros brasileiros. Para o desenvolvimento deste argumento, radicalizamos o compromisso do projeto decolonial com a corpo-geopolítica do conhecimento, bem como propomos uma maior ênfase nas raízes, mais do que nas rotas, dos estudos sobre o Atlântico Negro. Esta afirmação da corpo-geopolítica do conhecimento e das raízes é a chave tanto para a afirmação ontológica e epistemológica das populações negras quanto para construirmos um diálogo pluriversal e transmoderno, no qual as experiências particulares não se percam nem num provincianismo nem num universo abstrato.Abstract Based on the contributions of decoloniality theorists and in dialogue with the tradition of Black Atlantic studies, the article, in search of a cognitive justice, proposes a horizontal and equitable dialogue between these two political-academic thinking fields and Brazilian black intellectuals. For the development of this argument, we radicalized the commitment of the decolonial project with the body-geopolitics of knowledge’s assumption, as well as proposing a greater emphasis on roots, rather than on routes, in studies of the Black Atlantic. This affirmation of the body-geopolitics of knowledge and roots is the key to the ontological and epistemological affirmation of black populations as well as to construct a multi-versal and transmodern dialogue, in which particular experiences are not lost in a provincialism or in an abstract universalism.
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Bernardino-Costa, J. (2018). Decolonialidade, Atlântico Negro e intelectuais negros brasileiros: em busca de um diálogo horizontal. Sociedade e Estado, 33(1), 117–135. https://doi.org/10.1590/s0102-699220183301005
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