O conhecimento é apresentado em diversas concepções. Nas tradições filosóficas e no senso comum o conhecimento é entendido como gerador de ações e explica o comportamento resultante. É classificado em declarativo ou “saber que” e operacional ou “saber como”. Nesta visão o conhecimento é algo que existe dentro do sujeito e para se conhecer é necessário conhecer sua essência ou sua mente. No behaviorismo radical conhecer é comportar-se discriminadamente perante estímulos. O conhecer sobre si, em distinção ao conhecer sobre o mundo, corresponde a uma discriminação de estímulos gerados pelo próprio indivíduo que se auto-conhece. Estes estímulos podem ser privados ou públicos. Tanto os repertórios verbais auto-descritivos como a auto observação, elementos indispensáveis para o auto conhecimento, são instalados a partir de contingências providas pela comunidade verbal, o que significa que são comportamentos de origem largamente social. Esta posição de que analisar o conhecimento significa identificar as situações em que ele ocorre e quais as variáveis que o controlam, assemelha-se a do filósofo Gilbert Ryle que associa conhecimento a comportamento. Os limites de uma análise behaviorista radical da privacidade são também apresentados e discutidos.
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Marçal, J. V. de S. (2008). O auto-conhecimento no behaviorismo radical de Skinner, na filosofia de Gilbert Ryle e suas diferenças com a filosofia tradicional apoiada no senso comum. Universitas: Ciências Da Saúde, 2(1). https://doi.org/10.5102/ucs.v2i1.526
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