A adaptação à vida social frequentemente exige que as tendências, os impulsos, os interesses do indivíduo sejam contidos e até mesmo contrariados. Raramente o ajustamento dos valores individuais às formas de conduta que a coletividade sancionou como necessárias ou convenientes ao seu desenvolvimento se processa de outra maneira. Mesmo na mais pura democracia, as acomodações indispensáveis à realização dos interesses coletivos são frequentemente obtidas mediante a repressão das tendências, dos sentimentos e das atitudes do indivíduo. Mesmo a mais pura democracia tem suas leis, seus princípios, cuja observância é garantida por um mecanismo de coação, diante do qual o indivíduo tem de curvar-se, ainda que para isso precise sacrificar o que há de mais natural e espontâneo em si mesmo.
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Lopes, T. de vilanova M. (2017). Educar para a Democracia. Revista Do Serviço Público, 95(3), 160–166. https://doi.org/10.21874/rsp.v0i3.2940
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