Objetivo: descrever o uso das tecnologias de cuidado da enfermeira obstétrica qualificada na modalidade de residência e sua relação com a práxis profissional. Método: estudo qualitativo com 13 enfermeiras obstétricas atuantes em duas maternidades públicas do Rio de Janeiro, Brasil. Dados coletados por entrevista individual, semiestruturada e análise hermenêutica-dialética. Resultados: a transição do modelo intervencionista estrutura-se no cuidado humanizado com a incorporação de um modelo centrado nas boas práticas e nas tecnologias não invasivas de cuidado da enfermeira obstétrica. A práxis da enfermeira obstétrica contribui para a transformação qualitativa deste cenário, com resgate sobre a fisiologia, o fortalecimento de vínculo e empoderamento da mulher, ressignificando o momento do parto. Conclusão: a prática da enfermeira e o uso das tecnologias não invasivas constituem possibilidades para ruptura do modelo hegemônico culturalmente instituído no Brasil, sendo necessária ainda a constituição de um consenso que supere o senso comum.
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Silva, G. F. e, Moura, M. A. V., Queiroz, A. B. A., Pereira, A. L. de F., Carvalho, A. L. D. O., & Netto, L. D. A. (2020). Possibilidades para a mudança do modelo obstétrico hegemônico pelas enfermeiras obstétricas. Revista Enfermagem UERJ, 28, e49421. https://doi.org/10.12957/reuerj.2020.49421
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