O artigo argumenta que a disciplina das Relações Internacionais é cúmplice do projeto colonial e, nesse sentido, vem participando do processo histórico de epistemicídio. Tanto perspectivas realistas como liberais das Relações Internacionais reificam uma “história única”, embora narrada como universal. A partir dos mitos mobilizados pela disciplina a exemplo do “estado de natureza” e do “contrato social” pretende-se iluminar sua trajetória eurocêntrica, chamando a atenção para as violências e exclusões constitutivas da mesma. O artigo, inspirado em perspectivas decoloniais, conclui enfatizando a importância da abertura da disciplina para outros saberes e cosmologias tradicionalmente silenciados e inferiorizados que podem vir a contribuir para desestabilizar suas fundações racistas.
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Fernández, M. (2019). As Relações Internacionais e seus epistemicídios. Monções: Revista de Relações Internacionais Da UFGD, 8(15), 458–485. https://doi.org/10.30612/rmufgd.v8i15.11552
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