O corpo é foco de muitos estudos e intervenções. Alguns paradigmas o concebem apenas em seu aspecto sensório-motor, enquanto outros transitam prioritariamente por uma dimensão psicológica. Procurando contribuir para a formulação de outras perspectivas no campo, apresentam-se aspectos da concepção de corpo de Stanley Keleman em ressonância com os estudos de Regina Favre. A partir de cenas clínicas em grupos de seminários, podemos pensar o corpo como pulso, multimídia, multifacetado, que se (des) constrói permanentemente nos encontros. Articulando experiências clínicas da autora como terapeuta ocupacional e docente da graduação e em grupos de estudos, essas concepções servem como guia para uma clínica pensada, construída e balizada pelo corpo mediante utilização de abordagens corporais para a promoção de encontros plasmados por afetos e acontecimentos, na tentativa de criar corpos que possam sustentar as intensidades vividas e permitam a observação de si, a aproximação com o outro e a produção de singularidades.El cuerpo es foco de muchos estudios e intervenciones. Algunos paradigmas lo conciben sólo en su aspecto sensorio-motor mientras otros transitan prioritariamente por una dimensión psicológica. Tratando de contribuir para la formulación de otras perspectivas en tal campo, se presentan aspectos de concepto del cuerpo, de Stanley Keleman en resonancia con los estudios de Regina Favre. A partir de escenas clínicas en grupos de seminarios, podemos pensar el cuerpo como pulso, de muchas facetas, que se (des) construye permanentemente en los encuentros. Articulando experiencias clínicas de la autora como terapeuta ocupacional y docente de la graduación y en grupos de estudios, estas conceptuaciones sirven como guía para una clínica pensada, construida y orientada por el cuerpo mediante el uso de planteamientos corporales para la promoción de encuentros plasmados por afectos y acontecimientos, en la tentativa de crear cuerpos que puedan sustentar las intensidades vividas y permitan la observación de sí mismo, la aproximación con el otro y la producción de singularidades.The body is the focus of many studies and interventions. Some paradigms conceptualize the body only in relation to its motor-sensory characteristics, while others prioritize its psychological dimensions. With the aim of contributing towards formulating other perspectives within this field, some aspects of Stanley Keleman and Regina Favre's conceptualization of the body are presented here. Starting from clinical situations during seminar groups, we can take the body to be a multifaceted multimedia pulse that is continually [de]constructed through encounters. Together with the author's clinical experiences as an occupational therapist and teacher or undergraduates, these conceptualizations serve as a guide to clinical practice that is thought out, constructed and balanced by the body, using body approaches to promote encounters molded by affections and events, in an attempt to create bodies capable of sustaining the lived intensity of experiences, and which enable self-observation, closeness to other people and production of singularities.
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Liberman, F. (2010). O corpo como pulso. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 14(33), 449–460. https://doi.org/10.1590/s1414-32832010000200017
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