Resumo Busca-se trazer à luz a trajetória de Maria Bandeira, primeira botânica do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que atuou na década de 1920, desconhecida na historiografia e pouco citada na literatura científica. O significativo número de espécimes de plantas, fungos e líquens por ela coletados, a expertise em alcançar locais de difícil acesso, a extensa correspondência com especialistas estrangeiros e sua ida para estudar na Sorbonne permitem analisar o “fazer botânica” e as redes de sociabilidades nas ciências à época. A interrupção da sua trajetória científica para ingresso na ordem das Carmelitas Descalças com clausura total possibilita interpretações diversas e explica, em parte, a causa do esquecimento de sua passagem pela botânica brasileira.Abstract This article sheds light on Maria Bandeira, the first female botanist to work at the Botanic Garden of Rio de Janeiro. She was active in the 1920s, but is absent from the historiography and little cited in the scientific literature. The significant number of plant, fungus, and lichen specimens she collected, her capacity to reach far-flung places, her extensive correspondence with foreign experts, and her studies at Sorbonne are all sources for the analysis of the way botany was practiced and the social networks at play in science at the time. The end of her scientific career, when she adopted a cloistered life with the Barefoot Carmelite nuns, can be interpreted variously, and partially explains why her contributions to Brazilian botany have been forgotten.
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Bediaga, B., Peixoto, A. L., & Filgueiras, T. S. (2016). Maria Bandeira: uma botânica pioneira no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 23(3), 799–822. https://doi.org/10.1590/s0104-59702016005000002
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