Introdução: A fáscia envolve todos os tecidos e órgãos do corpo, elemento importante na organização do movimento e transmissão de força entre segmentos corporais, qualquer disfunção ou alteração pode gerar hipomobilidade, alterando a biomecânica do movimento e restringir a força muscular. Diversas técnicas podem ser utilizadas para tratar tais disfunções, sendo a liberação miofascial uma das mais utilizadas para esse fim, tratando aderências de tecidos moles, diminuindo edema, inflamação, dor e sensibilidade, melhorando a força muscular. Dentre as técnicas de liberação miofascial existe a auto liberação miofascial, técnica que faz uso de um rolo de espuma, o foamroller, onde o indivíduo é quem realiza de forma ativa deslizamentos de um lado para o outro sobre o foamroller. Metodologia: Trata-se de um estudo clínico, controlado aleatorizado. Foram convocados 30 participantes saudáveis, os quais se submetidos há um período de treinamento por quatro semanas, com frequência de três dias por semana, divididos em três grupos distintos, sendo um o grupo alongamento ativo (AA) composto por 10 indivíduos, os quais realizaram alongamentos ativos dos músculos isquiotibiais e gastrocnêmios, grupo foamroller (FR) composto por 10 indivíduos que efetuaram a auto liberação miofascial através do foamroller e grupo controle (GP)formado por 10 indivíduos que não receberão nenhuma intervenção. Os participantes, inicialmente, foram submetidos a uma avaliação antropométrica (peso, estatura e índice de massa corporal), para agilidade realizou-se o Teste de Illinóis que apresenta uma alternativa interessante para avaliação e controle dessa capacidade motora, e Teste do Salto Vertical que tem sido destacado na literatura como principal método de medida de força explosiva de membros inferiores. Resultados: Foram recrutados trinta e cinco participantes, dos quais trinta obedeceram aos critérios de inclusão. No desenvolvimento do estudo, houve quatro desistências, totalizando uma amostra final de vinte e seis indivíduos, separados em três grupos. Grupo alongamento (GA), grupo foamroller (GFR) e grupo controle (GC). Após 4 semanas de intervenção, não foram observados dados de grande significância relacionados ao salto vertical, o qual avaliou a potência muscular, contudo, através do teste de Illinois obteve- se ganhos relacionados a agilidade dos indivíduos do grupo foamroller quando comparado aos demais. Conclusão: Pode-se concluir com os dados do presente estudo, que o uso do foamroller, como estratégia na auto liberação miofascial, se mostrou eficiente para a agilidade dos participantes, contudo não apresentou dados tão significantes quando relacionados a potência muscular.
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Kulka, M. M., Pereira, W. M., Pereira, N. L. C., Correia, M. E., Pauli, P. H., Rossi, L. P., … Dumont, A. J. L. (2020). The use of myofascial release in the agility and power of healthy subjects: randomized controlled clinical study. Manual Therapy, Posturology & Rehabilitation Journal, 18, 1–8. https://doi.org/10.17784/mtprehabjournal.2020.18.781
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