Há fortes evidências de deficiência de selênio (Se) em solos, forragens e produtos agrícolas do Brasil. A faixa de deficiência de Se em solos varia de 100 a 600 µg kg-1, no entanto, os valores máximos encontrados, na maioria dos casos, em solos agricultáveis foram aproximadamente 210 µg kg-1. A variação genotípica das culturas para acumular Se nas partes comestíveis depende do seu teor no solo e a escolha da variedade ou cultivar com maior capacidade de absorção e acúmulo de Se pode contribuir para melhorar a qualidade dos alimentos. O Brasil possui fortes evidências de deficiência de Se na população, no entanto, nenhuma pesquisa abrangente ao nível do país sobre o assunto está disponível. Além disso, a biofortificação com Se em produtos agrícolas não faz parte do Programa HarvestPlus do Brasil. É necessário mais pesquisas relacionadas ao teor de Se no solo em diferentes estados brasileiros. Em áreas onde a biodisponibilidade de Se é baixa, uma alternativa eficiente é a suplementação de Se por meio de fertilizantes para aplicação via solo ou foliar, o que corrige os baixos níveis de Se nas pastagens, animais e humanos, como o ocorreu com sucesso na Finlândia, Nova Zelândia e Austrália.
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Dos Reis, A. R., Furlani Junior, E., Moraes, M. F., & De Melo, S. P. (2014). BIOFORTIFICAÇÃO AGRONÔMICA COM SELÊNIO NO BRASIL COMO ESTRATÉGIA PARA AUMENTAR A QUALIDADE DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS. Revista Brasileira de Engenharia de Biossistemas, 8(2), 128–138. https://doi.org/10.18011/bioeng2014v8n2p128-138
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