Este artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa sobre a política pública de turismo na Amazônia. O objetivo foi identificar os participantes ativos nos processos que influenciaram a formulação da política de turismo do estado do Pará. Utilizou como referencial teórico o Modelo de Fluxos Múltiplos de Kingdon. As evidências empíricas foram obtidas da análise de documentos sobre as políticas e de seus fluxos de decisão; de entrevistas semiestruturadas com um gestor público de turismo e a representante da empresa de consultoria; e análise das atas do Fórum Estadual de Turismo onde estão registradas as opiniões de outros participantes do processo decisório. Os resultados indicam que as alternativas para o desenvolvimento do turismo nesse estado foram materializadas no Plano “Ver-o-Pará”; que os participantes ativos também estão apontados nele; que a atuação de alguns atores constantes no Modelo de Fluxos Múltiplos não foi identificada; e que as alternativas dependeram dos fluxos de problemas, de políticas públicas e da política. Conclui que alguns dos atores listados no Plano não integram o Modelo de Fluxos Múltiplos e que a existência de um fator distinto dos demonstrados nesse Modelo, as orientações e determinações do Ministério do Turismo brasileiro, influencia os fluxos de políticas públicas e da política.
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Nascimento, V. L. Q., Simonian, L. T. L., & Farias Filho, M. C. (2016). Os participantes da política pública de turismo do Pará a partir do modelo de fluxos múltiplos – 2007-2011. Revista Brasileira de Pesquisa Em Turismo, 10(1), 129–151. https://doi.org/10.7784/rbtur.v10i1.924
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