Contagem de plaquetas e caracterização clínica de úlceras de perna anticardiolipinas positivas

  • Skare T
  • Ribas C
  • Malafaia O
  • et al.
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Abstract

OBJETIVO: Estudar a prevalência de anticorpos anticardiolipinas em pacientes com úlceras venosas, diabéticas e arteriais e verificar se a contagem de plaquetas, antecedentes obstétricos e de trombose venosa profunda e achados de livedo reticularis ao exame físico servem como marcadores para os casos positivos. MÉTODOS: Estudaram-se 151 pacientes com úlcera de perna (81 com úlceras venosas, 50 com úlceras diabéticas e 20 com úlceras arteriais) e 150 controles. Pesquisou-se, nos dois grupos, a presença de anticorpos anticardiolipina IgG e IgM e contagem de plaquetas. No grupo úlcera foram coletados dados de antecedentes de trombose venosa profunda e de abortamentos e os pacientes foram examinados para presença de livedo reticularis. Os dados obtidos foram agrupados em tabelas de frequência e contingência utilizando-se dos testes de Fisher e qui-quadrado para variáveis nominais e de Mann-Whitney e Kruskall-Wallis para as numéricas. Adotou-se significância de 5%. RESULTADOS: Encontrou-se prevalência de anticorpos anticardiolipina de 7.2% (n=12) no grupo com úlceras e de 1.3% (n=2) no controle (p=0.01). As úlceras de perna anticardiolipinas positivas não diferiram daquelas sem anticardiolipinas quanto ao gênero do paciente (p=0.98) e história de trombose prévia (p=0.69), abortamentos anteriores (p=0.67) e contagens de plaquetas (p=0.67). Só dois pacientes tinham livedo reticularis não permitindo inferências estatísticas a respeito deste dado. CONCLUSÃO: Existe aumento de prevalência de anticorpos anticardiolipinas nos portadores de úlceras de perna em relação à população geral. As características clínicas das úlceras anticardiolipinas positivas e a contagem de plaquetas não auxiliam na identificação desses pacientes.OBJECTIVE: To study the prevalence of anticardiolipin antibodies in patients with venous, diabetic and arterial leg ulcers and to verify if platelet count, previous history of venous thrombosis, obstetrical history and the finding of livedo reticularis are markers of this autoantibody positivity. METHODS: 151 patients with leg ulcer (81 with venous, 50 with diabetic and 20 with arterial ulcers) and 150 controls were included. In both groups search for the presence of IgG and IgM anticardiolipin and platelet count was done. In the leg ulcer group demographic data, obstetrical history, previous history of venous thrombosis as well as presence of livedo reticularis by physical examination were pointed out. Data was grouped in contingency and frequency tables and the tests of Fisher and chi-squared were used for nominal variables and Mann Whitney and Kruskall Wallis for numerical variables. The adopted significance was of 5%. RESULTS: It was found an anticardiolipin prevalence of 7.2% (n=12) in the leg ulcer group and of 1.3% (n=2) in the control group (p=0.01). Leg ulcer patients with anticardiolipin did not differ from those without it in gender (p=0.98), previous history of venous thrombosis (p=0.69), previous history of abortions (p=0.67) and platelet count (p=0.67). Only two patients had livedo reticularis which precluded any conclusion on this data. CONCLUSION: There is an increased prevalence of anticardiolipin antibodies in the general population with leg ulcers. Clinical characteristics of ulcers as well as platelet count do not help in the identification of these patients.

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Skare, T. L., Ribas, C. A. P. M., Malafaia, O., Ribas Filho, J. M., Nassif, P. A. N., Nascimento, M. M. do, & Pachnicki, J. P. A. (2009). Contagem de plaquetas e caracterização clínica de úlceras de perna anticardiolipinas positivas. Revista Do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 36(5), 420–424. https://doi.org/10.1590/s0100-69912009000500010

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