As contradições da patologização das identidades trans e argumentos para a mudança de paradigma

  • Tenório L
  • Máximo Prado M
N/ACitations
Citations of this article
20Readers
Mendeley users who have this article in their library.

Abstract

As experiências das transidentidades não se adequam no conceito de nenhuma patologia, muito menos de alguma psicopatologia, sobretudo porque é inviável e impossível estabelecer critérios diagnósticos coerentes com a realidade das diversidades das experiências das pessoas que vivem identidades trans. Isso significa que a lógica da patologização tem historicamente revelado muito mais o esforço da manutenção de hierarquias de saber e do poder científico como formas de regulação das normas sociais e de coerção e submissão às normas de gênero do que propriamente a criação de mecanismos e critérios de atenção e cuidado à saúde integral. O processo histórico da patologização e da psiquiatrização das transidentidades gera prejuízos de várias ordens às pessoas trans, negando a dignidade, a relativa autodeterminação e a possível autonomia sobre seus próprios corpos, pois entende a expressão da vida das pessoas trans como um conjunto de comportamentos psicopatológicos, reduzindo-os a estereótipos e descrições prescritivas homogeneizantes.

Cite

CITATION STYLE

APA

Tenório, L. F. P., & Máximo Prado, M. A. (2016). As contradições da patologização das identidades trans e argumentos para a mudança de paradigma. Revista Periódicus, 1(5), 41–55. https://doi.org/10.9771/peri.v1i5.17175

Register to see more suggestions

Mendeley helps you to discover research relevant for your work.

Already have an account?

Save time finding and organizing research with Mendeley

Sign up for free