Cresce no Brasil a atuação de mulheres indígenas como lideranças de seus povos. Diante do desmonte da política ambiental e indigenista pelo atual governo e ameaça extrativista sobre os territórios indígenas, o direito ao território coloca-se como principal bandeira de luta dessas mulheres, e motivação central para sua crescente presença nos espaços construídos pelo movimento indígena. A noção de Corpo-território é cada vez mais vocalizada e ganha novos sentidos dentre as mulheres indígenas no Brasil, que a empregam referindo-se à relação inseparável entre povo e território. O presente trabalho busca afirmar esta como categoria cosmopolítica, que ilumina contradições capitalistas, e é empregada como resistência à exceção-espoliação, processo que produz a vida nua como desumanização necessária ao avanço da acumulação.
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Chaves, K. A. (2022). Corpo-território, reprodução social e cosmopolítica: reflexões a partir das lutas das mulheres indígenas no Brasil. Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales, 25(4). https://doi.org/10.1344/sn2021.25.32707
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