Na concepção peirciana, ciência é aquilo que os cientistas vivos estão fazendo. Por isso, ciência não se confunde com conhecimento já colocado em prateleiras, mas se refere sim àquilo que está em processo de desenvolvimento e de continuidade. Tomando essa concepção como lema, o objetivo deste artigo é desenhar as linhas de força daquilo que os semioticistas atuantes estão realizando para manter viva a semiótica como campo do conhecimento e da pesquisa em ação no Brasil. Para isso, serão buscadas as principais sementes e alguns fios genealógicos que foram conduzindo os estudos até suas condições atuais. Ênfase será colocada nas instituições que dão guarida e garantem a legitimidade e visibilidade dos trabalhos realizados pelos pesquisadores e seus grupos. Portanto, não se trata aqui de levantar a produção específica, ou seja, colocar em discussão o conteúdo teórico bibliográfico dos autores semioticistas tanto brasileiros quanto internacionais que tiveram suas obras traduzidas no país. Trata-se, isto sim, de cartografar, colocando em relevo as linhas, tendências e os diferentes grupos de trabalho que brotaram em algum momento do tempo e que tiveram força suficiente para se manterem ativos, apontando com alguma segurança para perspectivas de continuidade no futuro.
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Santaella, L. (2016). Memória e perspectivas da semiótica no Brasil. Intexto, 22–33. https://doi.org/10.19132/1807-8583201637.22-33
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