Há quem defenda que a sexualidade e o gênero não se configuram nos currículos escolares e que estas categorias não orientam as prioridades da escola. Essa afirmação nos revela duas situações iniciais: o desconhecimento das relações e práticas pedagógicas cotidianas das escolas e o conceito enrijecido de gênero e sexualidade. Historicamente, as práticas educativas, mesmo quando não-verbalizadas, preocuparam-se em estabelecer, por meio de seus discursos e práticas curriculares, determinados modelos de mulheres e homens. Ao considerar este cenário, neste ensaio, balizado pelas contribuições feministas e foucaultianas, interessa-nos refletir sobre a pedagogização de gênero e da sexualidade por meio dos currículos escolares. Partimos do pressuposto que a sexualidade e o gênero não são desinteressantes às instituições de ensino, mas produzidos com caráter fortemente heteronormativo.
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Braga, K. D. da S., Caetano, M., & Ribeiro, A. I. M. (2019). A educação e o seu investimento heteronormativo curricular. Momento - Diálogos Em Educação, 27(3), 12–29. https://doi.org/10.14295/momento.v27i3.8348
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