Introdução: Por definição clínica, respiradores orais (RO) utilizam a boca como maior via de acesso de ar durante a respiração. Isso resulta em alterações na posição da língua e cabeça e pode influenciar a mecânica craniofacial durante o desenvolvimento. A anteriorização da cabeça também é comum em RO, podendo levar a desalinhamentos em segmentos adjacentes do corpo humano. Objetivos: Avaliar a amplitude de movimento (ADM) cervical em crianças RO e comparar com crianças respiradoras nasais (RN). Métodos: Dez crianças RO, de ambos os sexos, com idade de 6,90 1,37 anos e dez RN, de ambos os sexos, com idade de 7,70 1,42 anos, participaram do estudo. O Cervical Range of Motion (CROM) foi utilizado para medir a ADM de flexão, extensão e protrusão da cabeça. Para a análise estatística foi utilizado o teste t Student para amostras independentes, considerando nível de significância estatística o valor de p< 0,05. Resultados: Crianças RO apresentam uma ADM de extensão cervical significativamente menor (59,0 10,79 quando comparadas ao grupo RN (72,9 8,82 (p= 0,001). A ADM de flexão e protrusão não foi estatisticamente diferente entre os grupos. Conclusão: As crianças RO apresentaram menor ADM de extensão cervical do que as crianças RN, no entanto, em relação às ADM de protusão e flexão, não há diferença entre os grupos.
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Neiva, P., & Kirkwood, R. (2007). Mensuração da amplitude de movimento cervical em crianças respiradoras orais. Revista Brasileira de Fisioterapia, 11(5). https://doi.org/10.1590/s1413-35552007000500005
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