Estudo de paralisias faciais traumáticas: análise de casos clínicos e cirúrgicos

  • Pinna B
  • Testa J
  • Fukuda Y
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Abstract

As paralisias faciais traumáticas são a segunda causa mais freqüente de Paralisia Facial Periférica, ficando somente atrás dos casos ditos idiopáticos. FORMA DE ESTUDO: Clínico retrospectivo. MATERIAL E MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente 82 pacientes atendidos no período de janeiro de 1990 a janeiro de 1999 no ambulatório de ORL da Escola Paulista de Medicina. RESULTADO: Deste grupo 54, eram do sexo masculino (65.8%) e 28 do sexo feminino (34.2%). A idade média foi de 30.9 anos (variando de 2 a 75 anos). Quanto ao tipo de trauma, obtivemos: 15 (18.22%) iatrogênicos, 2 (2.44%) por ferimentos cortantes da face, 50 (60.97%) pós-traumas crânio-encefálicos, 14 (17.07%) ferimentos por projéteis de arma de fogo e 1 (1.22%) ao nascimento. Quanto ao tipo de aparecimento, observamos: 71 (86.5%) de início súbito, 10 (12.3%) progressivos e 1 (1.2%) ao nascimento. Quanto aos testes elétricos iniciais, observamos: 32 (43.84%) com exames que foram simétricos e 41 (56.16%) com exames inescitáveis. Dos 32 casos com simetria, observamos 24 com recuperação total, 6 com 80% de recuperação e 2 com 60%; já nos casos inexcitáveis, dos 41 casos apenas 5 evoluíram para a recuperação total. CONCLUSÃO: Frente aos resultados concluímos que: 1. Houve predomínio da incidência no sexo masculino; 2. Houve predomínio dos casos súbitos e estes evoluíram proporcionalmente melhor que os progressivos; 3. Houve predomínio dos casos de etiologia por TCE e estes evoluíram proporcionalmente melhor que as outras etiologias; 4. Os testes elétricos realizados puderam prever com bom grau de acerto a evolução dos pacientes; 5. O tipo de tratamento realizado foi proporcionalmente mais agressivo quanto mais intensa era a paralisia, com bons resultados.Traumatic facial paralysis is the second more common cause of facial impairment. STUDY DESIGN: Chart review. MATERIAL AND METHOD: A retrospective review of 82 patients with facial paralysis was conducted from January 1990 to January 1999. RESULTS: From this group 54 were males (65.8%) and 28 females (34.2%), patients' age ranged from 2 to 75 years (mean age 30.9 y). The kind of trauma was iatrogenic in 15 (18.22%); penetrating injuries into the face in 2 (2.44%); temporal bone fractures in 50 (60.97%); gunshot injuries in 14 (17.07%) and birth injury in 1 (1.22%). There were 71 sudden paralysis (86.5%), 10 progressive paralysis (12.3%) and 1 at birth (1.22%). The beginning electrical tests were symmetrical in 32 (43.84%) and with markedly decreased response in 41 (56.16%). The symmetrical ones had complete recovery in 24, 80% of recovery in 6 and 60% of recovery in 2; the asymmetrical ones with decreased response, only 5 recoveries completely. CONCLUSION: 1. There was greater male incidence; 2. There were more sudden paralysis and they recovered better than the progressives; 3. There were more patients with temporal trauma with fractures and they recovery better than the others; 4. The electrical tests could give the prognoses to the facial paralysis patient; 5. The worst cases of facial paralysis received more aggressive treatment, with good results.

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Pinna, B. R., Testa, J. R. G., & Fukuda, Y. (2004). Estudo de paralisias faciais traumáticas: análise de casos clínicos e cirúrgicos. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, 70(4), 479–482. https://doi.org/10.1590/s0034-72992004000400007

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