A intensificação de análises oficiais no controle de qualidade de mel por parte do Serviço de Inspeção Federal nos últimos anos possibilitou o reconhecimento do mel brasileiro no mercado internacional, tornando o Brasil um dos maiores exportadores do mundo. Neste contexto, o atual estudo reportou os parâmetros físico-químicos e detecção de resíduos e contaminantes analisados como forma de monitoramento de qualidade do mel em dois entrepostos do Estado de São Paulo. Para a realização dos ensaios adotou-se as diretrizes e métodos recomendados pelo Ministério da Agricultura para cada uma das variáveis. Com referência aos parâmetros físicoquímicos, as análises mostraram que 83,3% das amostras estavam em conformidade com a legislação. Em relação às análises de resíduos e contaminantes, foram detectadas presenças de nitrofurazona (substância cancerígena) em 10,7% das amostras, sendo que 7,14% estavam acima do permitido em legislação. Assim, observou-se que o mel atuou como marcador ambiental regional da flora circunjacente que havia sido tratada com o produto químico, o qual é tóxico e carcinogênico para humanos, representando risco à Saúde Pública. A detecção de tal composto mostra a efetividade do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes. Programas semelhantes devem ser adotados e aprimorados tanto no campo como no varejo para que esta detecção se faça de maneira eficiente e ostensiva.
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Bailone, R. L., Fukushima, H. C. S., & Roça, R. de O. (2016). Qualidade físico-química e detecção de resíduos e contaminantes no mel – estudo de caso. Segurança Alimentar e Nutricional, 23(1), 826. https://doi.org/10.20396/san.v23i1.8645954
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