O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, o uso intensivo pode ocasionar contaminação humana e ambiental. O objetivo foi investigar a exposição de trabalhadores rurais aos agrotóxicos e verificar a influência na sua saúde e de seus familiares. Este é um estudo quantitativo, descritivo e de campo realizado com 80 agricultores. A coleta de dados ocorreu pela aplicação de um questionário. Os questionamentos abordavam sobre exposição aos agrotóxicos, sintomas e casos de intoxicação. Os dados foram submetidos aos procedimentos estatísticos descritivos e associação estatística pelo teste qui-quadrado. Glifosato, tamaron e carbofurano foram os agrotóxicos mais usados. Dos pesquisados, 85% possuem EPI, sendo que 91,18% o utilizam para o preparo da calda e 89,18% para a aplicação. Ainda, 23,75% já sofreram intoxicação por agrotóxico e 15% informaram sentir dois ou mais sintomas de intoxicação durante a aplicação. Além disso, 25% têm ou já teve depressão, com associação significativa entre ocorrência de depressão e casos de intoxicação (p≤0,049). Ainda, 16,25% afirmaram ter ocorrido intoxicação por agrotóxicos com seus familiares. De modo geral, os agricultores estão expostos aos agrotóxicos durante suas atividades laborais, o que pode se constituir em fator desencadeador de doenças a curto ou longo prazo.
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Farias Prado, J. A., Siegloch, A. E., Da Silva, B. F., & Agostinetto, L. (2021). Exposição de trabalhadores rurais aos agrotóxicos. Gaia Scientia, 15(1). https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-1268.2021v15n1.56075
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