A prática docente é, sem dúvida, um dos grandes gargalos para a não efetiva implementação da Lei 10.639/2003 na educação básica. E o currículo representa um dos principais agentes de tal imobilidade. Tomando como princípios a “decifração do conhecimento” e o “alfabetismo da diáspora” (KING, 1996), neste artigo propomos refletir sobre o currículo predominante na educação brasileira e discutir sobre práticas pedagógicas que protagonizem a Educação das Relações Étnico-Raciais. Tomamos como foco de investigação o ensino superior – por meio da análise do componente curricular da disciplina de Educação das Relações Étnico-Raciais (Erer) para os cursos de licenciatura de uma universidade federal – e no ensino médio, a disciplina de Filosofia em uma instituição estadual e outra federal. Nessas análises, incluem-se documentos oficiais e propostas de práticas pedagógicas desenvolvidas durante as aulas nos anos de 2016 e 2018. As contribuições almejadas são especialmente no sentido de desocultar o currículo e propor ações concretas para a valorização de princípios africanos e afro-brasileiros na formação docente. Palavras-chave: Currículo. Educação das Relações Étnico-Raciais. Prática docente.
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Araujo, D. C. de, & Dantas, L. T. F. (2019). Currículo des-oculto: outras vozes, outras epistemologias. Revista Exitus, 9(4), 147–175. https://doi.org/10.24065/2237-9460.2019v9n4id1015
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