A evidenciação das empresas pode assumir duas perspectivas, a divulgação obrigatória e voluntária. Normalmente, a evidenciação obrigatória imprime um padrão de divulgação, mas quando se trata de divulgação voluntária, essa envolve a natureza endógena da empresa e que, portanto, depende do julgamento dos gestores pela divulgação ou não de determinando item. Sendo assim, este estudo analisou os fatores determinantes do nível de divulgação de informação voluntária das empresas, tendo com base de cálculo a adaptação da métrica de Murcia e Santos (2009). As informações foram obtidas através das Demonstrações Financeiras Padronizadas publicadas no site da BM&FBOVESPA, relativas ao exercício findo em 2012. Fundamentando-se pela Teoria da Divulgação Voluntária construíram-se sete hipóteses que foram testadas através do modelo de regressão linear múltipla, tendo como variável a ser explicada o Índice de Divulgação Voluntária (IDV) e como variáveis explicativas a Rentabilidade (ROE), Sustentabilidade (ISE), Tamanho (TAM), Endividamento (END), Concentração Acionária (CON), Internacionalização (INT) e Empresas Regulamentadas (REG). Os resultados apontam que a rentabilidade, o tamanho das empresas e a sustentabilidade são fatores determinantes da divulgação voluntária, sendo portanto, positivamente significativas nos modelos estimados. Consequentemente, concluiu-se que quatro das hipóteses testadas não possuem comprovação empírica, são elas: endividamento, concentração acionária, internacionalização e empresas regulamentadas.
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Rufino, M. A., & Monte, P. A. do. (2015). Fatores que Explicam a Divulgação Voluntária das 100 Empresas com Ações Mais Negociadas na BM&FBOVESPA. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 9(3). https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v9i3.13332
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