Objetivo: Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre o uso de artefatos da contabilidade gerencial e porte, desempenho e qualidade dos serviços prestados por empresas brasileiras concessionárias de distribuição de energia elétrica, setor configurado como monopólio natural, marcado por um grande número de regulações e restrito a um número limitado de estratégias orientadas ao desempenho. Método: A pesquisa envolveu 22 concessionárias de um universo de 63; utilizou-se para a análise das relações os testes não-paramétricos Qui-quadrado, Kruskal-Wallis, U de Mann-Whitney e τ de Kendall. Resultados: Resultados evidenciam maior frequência da utilização dos artefatos tradicionais e sugerem uma relação entre a utilização dos artefatos e o porte da empresa. Porém, não se verificou uma relação entre a utilização desses artefatos e o desempenho nas organizações investigadas (diferenciando-se de outras pesquisas), nem com a qualidade dos serviços. Pode-se concluir que, nesse contexto de monopólio natural, informações obtidas por meio de artefatos não se prestam ao aperfeiçoamento das operações, apesar das iniciativas de um pequeno número de organizações. Contribuições: Diversos estudos têm investigado a relação entre práticas da contabilidade gerencial (artefatos) e o desempenho organizacional em diferentes contextos, porém, pouco se sabe acerca dessa relação no contexto de setores altamente regulados.
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Correia, E. E., Lima, A., & Ching, H. Y. (2020). Práticas da Contabilidade Gerencial, Qualidade e Desempenho no Contexto de um Monopólio Natural. Revista de Educação e Pesquisa Em Contabilidade (REPeC), 14(2). https://doi.org/10.17524/repec.v14i2.2461
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