Algumas regiões do município de São Paulo apresentam grandes aglomerados de imigrantes latino-americanos que trabalham e vivem em condições precárias. O objetivo desta pesquisa foi identificar a morbidade referida mais frequente pelos próprios imigrantes bolivianos que frequentam uma USF do município de São Paulo. O presente trabalho teve como metodologia a pesquisa exploratória de campo, descritiva. Foram realizadas entrevistas de forma aleatória com uma amostra de 25 imigrantes de nacionalidade boliviana, costureiros, usuários de uma USF da prefeitura, moradores do bairro Brás, região central do município de São Paulo. Os resultados mostraramque entre esses imigrantes, existe um alto índice de casos de tuberculose, além de problemas dermatológicos e respiratórios. Dentre as informações necessárias no planejamento das ações de saúde, com populações particulares como a desses imigrantes, destaca-se amorbidade referida, que pode dar viés imprescindível e um importante indicador do nível de saúde da população e das condições socioeconômicas. Este estudo revelou que o imigrante tem medo de se expor, mantendo-se refratário às ôespeculaçõesö. Em toda assistência,é importante considerar a diversidade das pessoas, respeitar os hábitos, os costumes e a cultura de um povo. Para tanto, é necessário que a assistência seja adaptada à realidade dos usuários, para que seja garantida a implementação de qualquer ação em saúde. A busca por justiça social também deve fazer parte da vida de todo profissional de saúde. (AU)
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Melo, R. A., & Campinas, L. de L. S. L. (2010). Multiculturalidade e morbidade referida por imigrantes bolivianos na Estratégia Saúde da Família. O Mundo Da Saúde, 35(1), 25–35. https://doi.org/10.15343/0104-7809.201012535
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