A variabilidade espacial de atributos do solo pode sofrer influências de diversos fatores, relativos à formação do solo: (material de origem, topografia, vegetação, clima e tempo), práticas de manejo (tipo de preparo do solo, rotação de culturas e adubação) e erosão. Nesse sentido, são necessárias técnicas apropriadas para acessar informações relativas a quais variáveis exercem maior influência sobre determinados aspectos do solo, a fim de aperfeiçoar o manejo e as práticas de correção de acidez e adubação, em propriedades agrícolas. O objetivo deste trabalho foi demonstrar a aplicação de técnicas geoestatísticas multivariadas na investigação do comportamento de um conjunto de variáveis químicas do solo. O trabalho foi realizado em uma área experimental de 70 hectares, no município de em Araguari-MG, onde foram analisadas as variáveis Fósforo (P), Potássio (K) e Matéria Orgânica (MO), sob o escopo do modelo linear de corregionalização. Nesse método, são ajustados p(p+1) variogramas diretos e cruzados, para as variáveis, posteriormente decompostas em componentes principais. Os resultados demonstraram uma maior influência espacial da variável P, em micro e média escala, e uma influência dividida entre as varáveis P e K, em longa escala. Devido ao manejo a que vem sendo submetida, a área apresenta uma fraca influência da MO, no comportamento conjunto dessas três variáveis do solo, e uma maior dependência espacial ligada às variáveis P e K, durante as adubações para plantio de soja e milho. Os resultados indicam ainda um limite mínimo de 320,18 metros para criação de zonas de manejo desses elementos, em sistemas de adubação à taxa variável.
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Manzione, R. L., & Zimback, C. R. L. (2011). ANÁLISE ESPACIAL MULTIVARIADA APLICADA NA AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO. REVISTA ENGENHARIA NA AGRICULTURA - REVENG, 19(3), 227–235. https://doi.org/10.13083/reveng.v19i3.181
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